PlanGeo 2025-2034: Estratégias para Ampliação do Mapeamento Geológico no Brasil

Com o propósito de fortalecer a base de conhecimento geológico do país e impulsionar investimentos na exploração e pesquisa mineral, o governo federal lançou o PlanGeo (Plano Decenal de Mapeamento Geológico Básico e Levantamento de Recursos Minerais) em 13 de março de 2024.

O plano visa identificar áreas prioritárias, estabelecer metas mensuráveis e monitorar de forma contínua as atividades de mapeamento geológico e levantamento de recursos minerais em território nacional.

A criação do PlanGeo coincide com o lançamento da Plataforma de Mapeamento Geológico pelo Serviço Geológico do Brasil-SGB durante o PDAC 2024.

Inácio Melo, presidente do SGB, destaca que a plataforma:

além de simplificar o acesso aos mapeamentos realizados ao longo de mais de 50 anos, assegura maior transparência aos projetos em andamento e previsibilidade das nossas ações”.

O foco do PlanGeo reside em ampliar o conhecimento sobre minerais destinados à transição energética e segurança alimentar, reconhecendo o potencial geológico do Brasil para se tornar líder no fornecimento dessas commodities.

A Plataforma de Mapeamento, segundo Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, apresenta o “Estado da Arte” do mapeamento geológico em diferentes escalas de referência, garantindo acesso fácil e tempestivo aos produtos dos projetos realizados ao longo dos anos.

As principais premissas adotadas no planejamento 2025-2034 são:

  • Manutenção das escalas 1:250.000 e 1:100.000 como principais referências, mas com flexibilidade para mapeamento de maior detalhe (1:50.000 e 1:25.000), de acordo com as demandas ao longo do período.
  • Ampliação da cartografia 1:100.000 em províncias minerais, distritos mineiros e áreas de mais alto potencial para novas descobertas minerais.
  • Ampliação da cartografia 1:250.000 em setores de mais baixo conhecimento geológico, especialmente nas porções mais interiores da Amazônia e bacias sedimentares fanerozoicas.
  • Seleção e priorização de áreas para mapeamento com base no interesse geológico, sem restrições conceituais rígidas para áreas amazônicas ou não amazônicas.
  • Grandes áreas com restrições de acesso, como Terra Indígenas e Unidades de Conservação de Proteção Integral, não são consideradas no processo de hierarquização de prioridades.

Três cenários de expansão do mapeamento geológico foram considerados no planejamento decenal, levando em conta a capacidade operacional do SGB e o orçamento disponível.

Esses cenários variam de 150 a 300 folhas cartográficas mapeadas, refletindo diferentes níveis de investimento e expansão da cobertura geológica do país.

Cenário 1

Considera a atual capacidade operacional para execução de mapeamento geológico sistemático, frente a outras demandas existentes e à média dos anos recentes de disponibilização orçamentária para projetos de cartografia geológica.

Neste cenário é previsto o mapeamento de 150 folhas cartográficas, das quais 70 folhas indicadas como Prioridade 1 já estão atualmente sendo trabalhadas, em diferentes estágios de evolução dos projetos, alguns iniciados em 2024, com conclusão nos próximos anos.

Cenário 2

Neste cenário são acrescentadas 50 folhas, totalizando 200 folhas cartográficas para mapeamento sistemático nas escalas de referência.

Cenário 3

Neste cenário é previsto o mapeamento de 300 folhas cartográficas, portanto, com 100 folhas adicionais em relação ao cenário 2.

O PlanGeo é visto como uma continuação do Plano de Mineração 2030, lançado anteriormente, organizando e disponibilizando de forma transparente todas as informações de planejamento relacionadas ao avanço do mapeamento, aerogeofísica e geoquímica.

Fonte de Notícia: sgb.govBrasil Mineral

 

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